29# – DESAFIO LITERÁRIO – 30 DIAS: Cidades de Papel

JFERREWEE

Hey, hey, heeey galerinha. Como estão ?

O final está por vir desse ciclo doido, confuso e cheio de emoções do nosso desafio literário. Como qualquer outra coisa na vida, ciclos e passagens são feitos de aprendizados. E este livro me deu alguns…

Em pleno começo de colegial o nosso amigo John Green bombou, com o seu romance doce e choroso, A culpa é das estrelas.

Com sorrisos, lágrimas, tristeza e alegria tive esses dias como os mais especiais. Depois de conhecer o autor Nicholas Sparks – Lindoo ! – em uma sessão de autógrafos. Apesar do sofrimento daquele dia, e das coisas que passamos – não estava sozinha. -, tive a oportunidade de conhecer o lançamento do John, com Cidades de papel. Como já havia lido A culpa é das estrelas, e primeiramente gostado da leitura. Comprei na mesma hora. – Nem me preocupei com os quarenta reais que paguei. Fique pobre.

Comecei a ler sabendo que era uma aventura, e não pensei que iria me afetar. Não com a história de um garoto tímido, que só socializava com seu grupo de amigos e sua paixão pela vizinha aparentemente perfeita. É, eu sabia.

Quentin e seu jeito meio contraditório me pegou pelo braço e levou a viver essa aventura. Com seus amigos Radar e Ben – melhores personagens diga-se de passagem. -, aquilo tudo de ser jovem, viver a flor da pele, correr riscos estava comigo. E eu me deixei ir.

Por vários momentos me peguei andando na rua, esbarrando nas pessoas com o livro na mão. Aquela fuga veio de mim. Não costumo ler aventuras, nem nada que me faça roer as unhas. Com esse foi diferente, curti cada enrolada do autor e cada momento com a Margo – Ela é um saco, tiraria do livro fácil. -, as situações nos corredores do colégio. Os sentimentos do Quentin sobre estar terminando tudo aquilo, era real para mim, e eu sentia que estava perto. Agora faz sentido cada frase.

É muito difícil ir embora – até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.

O frescor das pessoas, das conversas mais bizarras com Radar me leva a conclusões estranhas sobre meus sentimentos com esse livro. Cenas onde poderiam ser mudadas, pelos erros de socialização do Quentin sendo vulnerável como Margo. A procura de seu eu interior, sem o dedo de uma sociedade taxativa, apontando no seu peito e dizendo o que você precisa ser ou fazer.

Ela não era perfeita, era louca e nem mesmo seus pais psicólogos não diagnosticaram, pois é ser normal. – Deixando claro aqui que não gosto dela, beijos. -. Mas os limites da liberdade que ela cobiçava, e tanto sentia em deixar aquela cidade foi sua derrota. Para a minha pessoa, óbvio. As vezes dizia coisas interessantes para a própria.

Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente.

A caça de Margo durou uma semana comigo, queria sentir o encontro, as palavras… Não passaram de perfeitas, de realismo. Como um ciclo se fechava, outro se abria. Estava tudo completo.

Tropecei algumas vezes lendo esse final, descendo do ônibus ao chegar no portão de casa com aquela sensação. Acabou? Foi isso?

É um livro cheio de frases importantes, lições feitas em palavras. Nem tudo é bonito de perto, nem mesmo o livro. Lições feitas e fazendo pós no aprendizado, Cidades de papel me jogou a verdade nua e crua de viver. E que despedidas são um fato, libertar-se das raízes é difícil porque é real ficar preso a algo que nos importamos. As vezes precisamos arrancar essas raízes para nos encontramos em outro lugar.


E foi… Estava esperando para falar dele, acabei falando demais. Hahaha – Novidade. -. Espero que vocês tenham gostado muitão do meu favorito do João verde. Rs. E que venha o filme, com zero de expectativa. – Mentira. -. E espero que tenham entendido minha paixão por esse livro, que me fez refletir no meio da multidão… 

Até a próxima galerinha do bem. 

4 comentários sobre “29# – DESAFIO LITERÁRIO – 30 DIAS: Cidades de Papel

  1. “É muito difícil ir embora – até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.”
    Eu adoro essa parte que ele tá refletindo sobre o colégio e sobre ir.
    Agora essa Margo eu não curti ela também, no final eu meio que entendi o lance dela, mas ainda não consegui curtir muito ela, ainda bem que o final foi daquele jeito pros dois, senão eu ficava puta u_u

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